Resumo Executivo Cuiabá 2023

ABSOLAR Meeting Centro-Oeste desembarca em Cuiabá com debates e palestras sobre os avanços da energia solar na região e no Brasil

A abertura do evento contou com apresentação de música tradicional regional, com Habel dy Anjos tocando viola de cocho e introduzindo ao público o cancioneiro popular mato-grossense. O mestre de cerimônias salientou sobre o potencial de crescimento da energia solar fotovoltaica e as diversas oportunidades de negócios que podem ser desenvolvidas a partir da fonte. 

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Participaram da abertura: o Coordenador de Minas e Energia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Mato Grosso (Sedec), Luiz Eduardo Barros; o Presidente da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk; o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia; o Coordenador Estadual da ABSOLAR no Mato Grosso, Tiago Vianna; a Head de Negócios do Meu Financiamento Solar, empresa anfitriã do evento, Iasmym Jorge; e o Gerente de Arrecadação da Fecomércio no Mato Grosso, João Paulo da Silva. 

Ronaldo Koloszuk iniciou sua fala agradecendo aos patrocinadores, que viabilizam o evento, levando informação, networking e gerando negócios em todo o País. Koloszuk afirmou que o setor solar fotovoltaico é exponencial, com ganhos crescentes e possibilidade de dobrar os ganhos dos negócios, e acrescentou que todos os mercados que são mais estruturados passaram por novas regulações e continuaram crescendo. Durante a sua apresentação, o Presidente da ABSOLAR, ainda defendeu que se deve melhorar a comunicação com o cliente final e apresentar o payback dos projetos, que ainda valem muito a pena. Ao final, Ronaldo deixou a mensagem de que há expectativas de melhora e que todas as grandes empresas já passaram por dificuldades.  

Na sequência, Tiago Vianna trouxe uma mensagem de otimismo, lembrando que nos momentos de crise foi possível criar oportunidades. Ressaltou a capacidade do brasileiro de se reinventar e destacou que o estado do Mato Grosso tem um grande potencial a ser aproveitado, visto que Cuiabá figurou na liderança de capacidade instalada no Brasil por muito tempo. Destacou que o impacto regulatório no estado do Mato Grosso é mínimo sobre o payback, demonstrando que os ganhos ainda são bastante significativos. Já a Head de Negócios do Meu Financiamento Solar, Iasmym Jorge, falou sobre a importância de adquirir maturidade no setor, que as empresas que conseguem oferecer diferentes oportunidades aos clientes conseguirão crescer, reforçando a importância da troca de experiências proporcionada pelo evento para trazer desenvolvimento. 

Luiz Eduardo Barros, Coordenador de Minas e Energia da Sedec, trouxe mensagem de esperança e incentivo ao setor de solar fotovoltaico, destacando que o estado do Mato Grosso tem potencial enorme para geração de energia pelo elevado índice de irradiação solar, acima da média nacional. Finalizou sua fala fazendo um convite para desenvolverem juntos o setor solar fotovoltaico no estado, que o uso da energia solar fotovoltaica faz parte do programa de governo, demonstrando o comprometimento e responsabilidade do Mato Grosso com a sociedade e o meio ambiente. 

O Gerente de Arrecadação da Fecomércio-MT, João Paulo da Silva, ressaltou a importância que a energia solar fotovoltaica representa em termos da arrecadação de tributos municipais e estaduais. Destacou que o mercado de energia solar é pujante, e tem grande relevância para o comércio, enfatizou que a contribuição da tecnologia solar fotovoltaica na redução de custos com energia elétrica representa um diferencial muito significativo nos resultados e na vida dos comerciantes.

O CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, ressaltou o papel da ABSOLAR de defender o setor solar fotovoltaico, e a necessidade de os agentes olharem para a frente e resolver problemas, construindo o caminho e trajetória do setor. Destacou que a entidade representa não somente o setor de energia solar, como também o armazenamento e o hidrogênio verde, tecnologias estratégicas que oferecem novos serviços para o setor. Sauaia ainda ressaltou que uma das formas mais competitivas para o uso do hidrogênio verde é a produção de fertilizantes, trazendo dados de que o Brasil importa 80% de seus fertilizantes.

Com o objetivo de trazer perspectivas, o CEO da ABSOLAR informou que todos os estados do Centro-Oeste ocupam o top 10 de capacidade instalada no Brasil e que o Mato Grosso ocupa a 6ª posição no ranking nacional. Ao final, foram apresentadas sugestões que podem ser incorporadas pelos estados para proporcionar o crescimento da fonte no País, como: a criação de linhas de financiamento, simplificação do processo de licenciamento ambiental, assegurar infraestrutura de conexão, garantir qualidade dos serviços, estabelecer metas de telhados solares e internalizar incentivos tributários existentes. 

Novo cenário regulatório, problemas de conexão e desafios de transição para uma nova regulamentação são destaques no primeiro painel

O primeiro painel foi aberto pelo Especialista Técnico Regulatório da ABSOLAR, Ernesto Johannes, que contextualizou o cenário regulatório da geração distribuída, apresentando os avanços positivos provenientes do marco legal da geração distribuída. Apontou ainda aspectos negativos trazidos pela regulamentação, como as restrições para o optante B. O especialista destacou ainda que faltam pontos a serem regulamentados, como os custos e benefícios da geração distribuída. Ao final, Johannes destacou que ainda existe uma atratividade muito grande para o setor fotovoltaico no País, principalmente no Centro-Oeste, onde as tarifas de energia são elevadas.

Roberto Vieira, Superintendente Técnico da Equatorial Goiás, apresentou o ponto de vista da distribuidora sobre o processo de regulamentação da Micro e Minigeração Distribuída (MMGD), afirmando que houve aumento de 300% de solicitações de acesso à rede, que a distribuidora precisa lidar com grande fluxo bidirecional de energia, sendo uma das maiores dificuldades trabalhar dentro dos processos técnicos de acordo com a demanda do consumidor. O superintende destacou que são desafios a serem superados, mas que uma das atribuições da distribuidora é garantir o pleno acesso de todos os consumidores à rede de distribuição. 

Alexandre Sperafico, CEO da Enerzee, falou sobre desafios neste momento de transição para uma nova regulamentação, para entender os dispositivos da lei, o que dificulta a operação comercial. Outro gargalo encontrado é que cada área de concessão possui processos diferentes, o que torna bastante desafiador o aprendizado para atuar em todo o País. Sperafico destacou que existem muitas oportunidades de crescimento, dizendo que, mesmo com as novas regras, deve-se perceber uma inflação energética negativa nos paybacks, tendo em vista o aumento das tarifas de energia.

As soluções jurídicas que podem ser trazidas em decorrência de problemas com as distribuidoras foi uma questão abordada por Guilherme Berejuk, da Martorelli Advogados, que ressaltou que os clientes devem ter seus direitos protegidos. Berejuk afirmou que a distribuidora tem obrigação legal de conectar os clientes e que, se existe um serviço público sendo prestado de forma inadequada, todos os consumidores têm direitos para reclamar sobre a qualidade do serviço prestado.  

Segundo painel destaca armazenamento de energia, a importância da certificação para uma empresa e energia solar para sistemas rurais

O segundo painel iniciou com o Coordenador Estadual da ABSOLAR em Goiás, Francisco Maiello, reforçando a importância de se investir em armazenamento de energia elétrica na Região Centro-Oeste, ainda mais com a necessária expansão agrícola na região e no País.  O Gerente Comercial do Meu Financiamento Solar, Thiago Cardoso, destacou que os novos projetos têm mantido suas taxas constantes, mesmo com o setor passando por um período de esfriamento de vendas. Na ocasião, Cardoso apresentou iniciativas e boas práticas de seus parceiros neste último ano, como a qualificação de vendedores e práticas pós-venda, mantendo a comunicação com o cliente, por exemplo.

A Gestora de Qualidade da Oeste Solar, Liliane Cerqueira, apresentou o case de qualificação da sua empresa pela ISO 9001, trazendo credibilidade e desenvolvimento do negócio e reforçou a importância da Certificação Qualidade ABSOLAR, que certifica as empresas no que tange à confiabilidade e engrandecimento do sistema de gestão de qualidade.

O Coordenador de Vendas da Região Centro-Oeste da WEG Solar, Ivan Rodrigo Wolf, apresentou alternativas para que integradores alavanquem seus resultados por meio de implementações de negócios, como planos estruturados de marketing, identificação de público-alvo, publicidades de longo alcance e o estabelecimento de parcerias estratégicas.

O Gerente de Marketing de Produto da Growatt, Silvio Robusti, apresentou aplicações para sistemas fotovoltaicos rurais, como irrigação, bombeamento, refrigeração, monitoramento e auxílio no processo produtivo. Apontou características dos sistemas rurais, como a baixa carga (número de usuários), havendo uma grande distância entre as unidades, podendo gerar distorções que desligam toda a linha, pois não são linhas reticuladas como nas grandes cidades. Assim, destacou a importância do armazenamento, que apresentam segurança a essas redes.

Por fim, o Diretor de Energia Solar da Elgin, Glauco Santos, discorreu sobre gestão de times de alta performance, apresentando a evolução da quantidade de integradores, focando na capacitação, venda de valor e tecnologia implementada para melhoria de negócios de venda e aumento da produtividade dos funcionários. 

Mercado Livre de Energia, mudanças regulatórias e hidrogênio verde no Brasil são destaque no terceiro painel

Como o foco na inovação em modelos de negócios e abertura de novos mercados para a solar fotovoltaica, o terceiro painel foi moderado pelo Coordenador da ABSOLAR no Mato Grosso, Tiago Vianna. Ele falou sobre a existência de dois ambientes para a contratação de energia, regulado e livre, apontando características que os diferenciam, destacou que apesar da economia percebida por aqueles que atuam no ambiente livre, atualmente um número muito pequeno de consumidores tem acesso a este mercado. No entanto, mudanças regulatórias permitirão que um conjunto de consumidores aproximadamente 10 vezes maior possa ingressar no mercado livre de energia a partir de 2024. Também apresentou que as tendências de preço e comportamento de mercado apontam para o uso cada vez maior da fonte solar fotovoltaica. 

Gustavo Martinelli, especialista em regulação e regras de comercialização da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), trouxe uma visão geral sobre o papel CCEE, reforçando o cronograma de abertura do mercado livre para os consumidores do Grupo A em 2024, destacou o mercado potencial de 7,5 GW médios a partir do próximo ano. Martinelli enfatizou o protagonismo esperado do mercado de varejo neste novo contexto e citou oportunidades envolvendo a geração de energia solar fotovoltaica por meio de novos arranjos comerciais, como hubs solares agregando vários consumidores e a autoprodução de energia. Abordou o uso de energia solar fotovoltaica para o desenvolvimento do hidrogênio verde no Brasil. Finalizou sua apresentação informando que evoluções regulatórias podem viabilizar a venda de excedentes de energia da geração distribuída no ambiente de contratação livre.

Dalmi Ofugi, Chief Marketing Officer da Enersim, compartilhou elementos relacionados ao posicionamento empresarial, abordando aspectos fundamentais para a estruturação de negócios envolvendo energia solar fotovoltaica. Tomando como exemplo as atividades da própria Enersim, enquanto gestora de energia que conecta geradores e consumidores por meio de uma plataforma de serviços, apresentou ferramentas utilizadas para atração e retenção de clientes, com destaque para o poder da comunicação.

Thiago Oliveira, Head Comercial da Ecom Energia, falou sobre a abertura do mercado livre de energia e algumas das suas principais características. Destacou que há algum tempo, pesquisas têm demonstrado os consumidores gostariam de ter liberdade para escolha do fornecedor de energia, reforçando que a abertura do mercado livre de energia amplia as oportunidades para a realização de negócios com energia solar fotovoltaica. Ressaltou a importância de as empresas estarem em evolução constante, e neste sentido, a abertura do mercado já está proporcionando aproximação entre o mercado de geração distribuída e as comercializadoras de energia do ambiente livre de contratação.

Durante o encerramento do ABSOLAR Meeting Centro-Oeste, o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, agradeceu a presença do público, destacou o ambiente propício para networking e ressaltou aspectos do Centro-Oeste que potencializam o desenvolvimento de negócios em energia solar fotovoltaica na região.

Já o Coordenador Estadual da ABSOLAR no Mato Grosso, Tiago Vianna, fez um breve relato acerca dos principais temas abordados no evento, com destaque para as questões regulatórias e os desafios enfrentados pela geração distribuída, principalmente nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, enfatizando o enorme potencial para desenvolvimento da tecnologia solar fotovoltaica associada a novos modelos de negócios, sua integração direta com o hidrogênio verde e a ampliação das oportunidades existentes neste contexto, que extrapolam a demanda por energia elétrica no Brasil, e finalizou compartilhando expectativas positivas em relação à abertura do mercado livre de energia.

Relembrando o potencial da fonte solar fotovoltaica associada à outras fontes de geração de energia limpa, como hidrelétrica e eólica, o CEO da ABSOLAR evidenciou que o tema “transição energética” tem aparecido constantemente nas pautas e agendas do governo federal. Com isso, o papel das empresas que atuam na cadeia de valor solar fotovoltaica e da própria Associação se tornam ainda mais importantes para o correto direcionamento das políticas que afetam o setor.

Durante o encerramento do evento, a ABSOLAR divulgou a comemoração dos seus 10 anos, que acontecerá em novembro de 2023, e o Encontro Nacional ABSOLAR, que acontecerá em dezembro. O ABSOLAR Meeting Centro-Oeste foi encerrado com muito otimismo sobre o futuro da energia solar fotovoltaica no Brasil. 

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